Vivemos tempos que exigem agilidade na turbulência. Os pensamentos, acompanhando o movimento frenético da comunicação, geram reações imediatas a imagens, sons, sensações. O que antes era informação tradicional, com remetente, tema e destinatário, virou um emaranhado de sentidos, literalmente. Literariamente.
27 outubro 2006
e se
- E se eu tivesse atravessado o oceano em busca de um sonho?
- Eu não teria sonhado contigo tantas noites acordado.
- E se eu tivesse te segurado no ano que que foste prá longe?
- Eu não teria voltado de coração pungido e apertado.
- E se eu tivesse morrido de medo e não te quisesses de volta?
- Eu teria partido, sofrido, perdido, morrido despedaçado.
- E se eu tivesse casado com outro, parido um filho que não fosse teu?
- Eu teria olhado teu filho e sentido nele um pedaço meu.
- E se...
- Eu sempre estaria contigo.
- E se...
- Eu mesmo assim te daria abrigo.
- E se...
- Sossega teu peito e deita comigo.
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4 comentários:
Que segurança boa dá esse texto, Sílvio!
Poeta, Poeta, muitas vezes, estamos em sintonia.
Porém, meu verso pobre olha admirado a imensidão dos seus.
O amor assim é quase colo, é abrigo.
beijos
Que delícia.....
Que segurança, não nas palavras, essas nem comento : mas no sentimento que é "Dar", nada como um braço, um braço, um peito, uma mão estendida para nos sentirmos em porto seguro.
Parabens :)
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