06 novembro 2006

água dos trópicos

.
Mormaço,
Cansaço
Que pesa
O passo.

Sol vermelho,
Alheio
Ao reflexo
No espelho.

Vento norte:
Sempre forte,
Ninguém escapa
Com sorte.

Distante,
Brilhante,
Relâmpago
Inconstante.

Clarão.
Trovão.
Estremece
A multidão.

Nuvem negra
Se entrega
E desaba
Sem trégua.

Uns para lá,
Outros pra cá.
Ledo engano:
Fuga não há.

Água descendo,
Gente correndo,
Temporal
Acontecendo.

Carro parado,
Desamparado.
Na espera
Que tenha acabado.

No horizonte,
Após a ponte,
Volta o sol
E brilha a fonte.

Tudo molhado,
Renovado.
Sem sorriso:
Carro enguiçado

Ainda tem pingos...
Dois pingos...
Parou?
Mais um pingo!

Lá no alto ,
Em sobressalto,
Volta o sol.
Arde o asfalto.

A Beleza
Da Natureza:
Após chuva,
Limpeza.

33 comentários:

Anônimo disse...

...

interessante

Santa disse...

Sílvio,
Roubei descaradamente um conto seu e está no blog da santa, em "Artigos". Manda a conta...rs
Beijos.

Lata Mágica Recife disse...

Recebemos a sua visita, obrigado pelas palavras de apoio e logo logo estaremos nas rus do recife fotografando e descobrindo novas belezas e historias...
odilene andrade e willam duarte

Saramar disse...

Oi Sílvio, boa noite

LIndo, como sempre. Preciso renovar meu estoque de adjetivos lá no Aurélio. Você está me desafiando.
"A beleza da natureza" em suas palavras que construíram essa chuva poética maravilhosa.
Obrigada

Beijos

Daniel disse...

Silvio,
Pra mim é fácil comentar seus poemas pois temos um estilo de escrever parecido. É como se eu tivesse escrito, estranho... bem, desculpe minha prepotência, rs...
Gosto muito de misturar as sensações da natureza com os sentimentos do homem através de poesias, exatamente como você fez. Resultado: Puro lirismo!
Belo e envolvente!
Abraços,
Daniel.

Clê disse...

Oiiiiiii, pelo que eu vi esse blog está ficando internacional!!! Quero um autógrafo:)))

Hannah disse...

Hermoso poema, expresivo, con una exquisita sensibilidad, y con imágenes muy logradas. Felicidades, Silvio.

Un fraternal abrazo

Hannah

Anônimo disse...

Poema de natureza intrigante...hahahha... belos versos!!!

Ambar disse...

exquisito..., sí verdaderamente exquisito.

Saramar disse...

Silvio, bom dia

Voltei só para agradecer o presente que me deu. Fiquei profundamente lisonjeada, quase uma musa (risos).
Obrigada pelo carinho
Beijos

Anônimo disse...

Lindo! Muito bom!!

Drago disse...

...y la lluvia siempre termina limpiandolo todo al final... el sudor, las penas...

Muito bom...

disculpa por no visitarte antes... pero estuve muy ocupado...

me dijiste algo en mi blog... algo de traducir... la verdad es que no lo entendi muy bien... ¿me lo podrias explicar? por favor...

bueno, nos vemos... chauuuu

Luis Enrique disse...

Muito bonito. Por certo, "Proximizade", é só "linkar" ao: www.proximizade.weblog.com.pt e a ajuda chega. Obrigadinho e até já !

Anônimo disse...

Puxa, quando eu crescer quero saber escrever dese jeito!

Maria Oliveira disse...

Oi Sílvio,
Agora eu também estou no mundo dos blogs.Espero trocar idéias com você. Não fazer poesias mas sei sentí-las e interpretá-las. Gostou???
Um beijo.

Maria Oliveira disse...

corrigindo: "não sei fazer poesias..."

Anônimo disse...

Oi, poema tão lindo quanto o seu sorriso. Não sei porque mas você é
especial, suas palavras na poesia me envolveram.

Santa disse...

Sílvio querido. Hoje estive fora do ar. temo que um dia fique perdida no espaço cyber...rs

Jessica Sosa Echagaray disse...

uy!!!! el tropicoooo!!!!!

Anônimo disse...

Putz, parece que comeu bosta de cigano mesmo!!! Tá prevendo temporal é? Quando será o próximo? Devia ter me avisado que faltaria energia lá em casa por causa da chuvarada...rs!!

Anônimo disse...

Se vc é uma pessoa de bem, é imparcial, não é preconceituoso e é educado, conheça o:

HTTP://OLHOSETERNOS.BLOGSPOT.COM

Eduardo Waghorn disse...

Buenísimo blog, hermoso post, imaginativo, original. Gracias por contactarme, te estoy linkeando.
Un abrazo sudamericano desde Chile.

Tu portuñol no me ofende, la lingüística es ágil, dinámica, crece a diario, se nutre!

Saludos.

Eduardo Waghorn

Leão Nazareno disse...

Oi poeta! Como vai a luta?

Drago disse...

mmmm... la verdad como dije en mi blog... me parece interezante tu idea... pk me permite acercarme más a la lengua portuguesa, en fin, tu sabes, más cultura...
tal vez estoy yendo demasiado lejos, pero se me ocurrio hacer un blog version hispano-portuguesa... o portugues-hispana si se prefiere... osea que nos traduscamos y adaptemos nuestros poemas mutuamente... es decir que pongamos tus poemas en español y los mios en portugues y los difundamos por el mundo jajja... o algo asi... bueno aunque la idea basica es compartir con otras culturas

bueno, nos vemos... chao...

Drago disse...

me leí y tengo tremendas faltas de ortografia... me desepciono a mi mismo escribiendo...

Cláudio B. Carlos disse...

Oi Silvio!

Grato pela constância das visitas lá no BALAIO DE LETRAS. Belíssimo poema sobre o simples da vida. Simples?
Elogios vindos de ti, são elogios em dobro.
Carinho,
CC.

ॐ Hanah ॐ disse...

Realidade.....

Saramar disse...

Querido, senti a chuva em mim, senti os ventos e me molhei de palavras belas. Imergi na natureza limpinha, limpinha, tal a beleza da sua descrição poética.

beijos

Raquel disse...

eu também adoro dias de chuva, a começar pelo cheirinho de terra molhada de outros lugares que o vendaval antes da chuva carrega...
é lindo, naturalmente bonito...

Santa disse...

Cada vez que leio esse poema, penso que a autoria é minha . Pronto! Acabo de inaugurar a pirataria no gênero (rsss)...

kurika disse...

Este poema é lindo... como de resto toda a tua casa.
É uma lufada de ar fresco vir visitar-te...

Bjs

Esther disse...

Vim conhecer teu espaço ( adorei tua sensibilidade ) e agradecer o comentário lá no Reação Cultural. Agora só falta você dar um pulinho no meu canto e a trilogia estará perfeita! BJ!

Anônimo disse...

xupa mi pila por favor