31 março 2006

dos medos inomináveis


A cura do que eu percebo
Não está na espera
Não está na esfera
De qualquer placebo

A dor do desassossego
Não vara a madrugada
Não sara na encruzilhada
Ou ronda teu aconchego

A pena a que me apego
É à custa de meu flagelo
É a busca de meu singelo
Medo do que carrego

Revolto neste roteiro
Devaneio meio solto
Meio forasteiro
Alheio a todo abandono

Absorto feito nevoeiro
Morto feito forasteiro
Inteiro e meio torto
Um jeito de desespero

7 comentários:

Anônimo disse...

Silvio, vim conhecer seus outros blogs e saio daqui mais deslumbrada com sua palavra. Vou linká-lo no meu blog, possso?

Cláudio B. Carlos disse...

Oi!

Passando...

Avó do Miau disse...

Olá, passei para ler os seus posts e convidá-lo a visitar-me no meu novo endereço:
www.amr-ela.com
Bom fim-de-semana

Saramar disse...

Silvio, por vezes, seus versos são estonteantes, como neste belo poema. Fico dando voltas entre eles, buscando uma solução e me parece que cada verso é um poema.
Maravilhoso.
Obrigada

Beijos

lena disse...

passar por aqui e saborear os teus belos poemas, encanta-me e sacia a minha sede Sílvio

cada verso teu é emoção


beijinhos para ti

lena

Anônimo disse...

puxa
pensei que eu sabia fazer poesia...

que lindo.

beijo no coração

Anônimo disse...

gostei muito deste poema. obrigada Silvio.