23 junho 2006

ode a ida




Vago
Perambulo no crepúsculo desse amor

Cego
Perante a noite que obstina tua partida

Trago
Um cigarro para acabar sem teu torpor

Mudo
De lugar em busca de tua voz desvanecida

Grito
Um mudo e vago sussurro, meu clamor

Sumo
No cego adeus que trago e não evita a ida

Bebo
Bêbado, transpasso o limite da razão

Nego
O fim, o meio de se ter a despedida

Juro
Obstar-te o rumo do teu sonho de ilusão

Morro
Por não ter-te dito o que matou-me em vida

5 comentários:

Santa disse...

Simplesmente. Estupendo Sílvio!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

mixtu disse...

estupendo como diz a santa
morro... por tantas razões
abraços

Anônimo disse...

os adereços da partida deixando a marca indelével da poesia no final de tudo. abraço.

Ana P. disse...

Sem comentários
(suspiro)
Lindo demais....

beijinhos

Ambar disse...

Hermoso Silvio!!!!!!