Desde que o Uni-verso In-verso passou a interagir com as obras de João Figueiredo, alguns poemas foram reeditados, como esse publicado no início desse blog, em 21/09/2005...
Quando a cordialidade do olhar de quem te mira
Contiver o cinismo sorridente da mentira
Ou o mesmo sorriso amplo de quem lhe agrada
Esconder fel, sarcasmo e gargalhada
O abraço frouxo de quem se aproxima
Disfarçar os grilhões que a falsidade legitima
E o beijo seco no seu rosto no meio da rua
A ocultar o comentário fácil sobre sua alma nua:
A verdade, sempre a verdade!
Mas como dizer a verdade é uma mentira!
A cortina dos olhos de quem lhe expia
Pode esconder o nojo que macula e contagia
E o desejo de bom dia que lhe oferta
Refletir um vá para o inferno, na certa
Na podridão de um aceno estereotipado
A náusea de sentir-se abandonado
Duvide então de todo falso sentimento
E lembre de fugir enquanto é tempo:
A verdade, sempre a verdade!
Mas como dizer a verdade, mentira!
Negue sempre o sorriso fugaz
Abrace somente a quem lhe apraz
Não seja cordial por compromisso
Ninguém tem nada a ver com isso
Beije espontaneamente quem lhe mereça
Mas olvide-se de estalos e desapareça
Do olhar de quem encharca de vazio
E ocupa sua vida de um nada pueril
Contiver o cinismo sorridente da mentira
Ou o mesmo sorriso amplo de quem lhe agrada
Esconder fel, sarcasmo e gargalhada
O abraço frouxo de quem se aproxima
Disfarçar os grilhões que a falsidade legitima
E o beijo seco no seu rosto no meio da rua
A ocultar o comentário fácil sobre sua alma nua:
A verdade, sempre a verdade!
Mas como dizer a verdade é uma mentira!
A cortina dos olhos de quem lhe expia
Pode esconder o nojo que macula e contagia
E o desejo de bom dia que lhe oferta
Refletir um vá para o inferno, na certa
Na podridão de um aceno estereotipado
A náusea de sentir-se abandonado
Duvide então de todo falso sentimento
E lembre de fugir enquanto é tempo:
A verdade, sempre a verdade!
Mas como dizer a verdade, mentira!
Negue sempre o sorriso fugaz
Abrace somente a quem lhe apraz
Não seja cordial por compromisso
Ninguém tem nada a ver com isso
Beije espontaneamente quem lhe mereça
Mas olvide-se de estalos e desapareça
Do olhar de quem encharca de vazio
E ocupa sua vida de um nada pueril
22 comentários:
Que delícia de texto!
Oh amigo, tuas palavras acolhem e embalam... teu sentimento aflora a cada nova obra. É uma delícia ler tuas poduções!
Sílvio,
Je suis fatigué... Réunions, préfectures, Blog de la Saint... ZZZZZ
revirei uns papéis, vi o passado, depois com cuidado, devolvi na gaveta...
Fiz um pequeno roubo dos teus escritos.A bem da verdade, uma homenagem (Ver posto no Blog da Santa).
Sou atriz e em breve terei meu Blog, o Blog da Maria.Estou encantada com o que li aqui.
Maria Oliveira
Obrigado pela visita, Maria. Sugiro que leia meu outro blog, onde o personagem principal é uma atriz pasma com a situação da cultura no Brasil:
www.contoseencontros.blogspot.com
Sucesso com seu blog!
Este tú poema, es de una ternura, belleza y veracidad conmovedoras.
Suscribo punto por punto cada una de las ideas, palabras e imágenes que tan delicada y sabiamente nos regalas.
Tienes un don, Silvio: llegas al lector sin herirle, tu dulzura dice verdades cómo templos desarmando y haciendo resplandecer la verdad.
Cuanto más te leo, más te admiro, compañero bloguero.
Yo no poseo ese don; mis palabras a veces salen bruscas, concisas e incisivas, demasiado sintéticas y claras, diría yo. Pero cada un@ es cómo es, y sube las escaleras de "caracol" cómo buena,mente sabe y puede (todo crecimiento se realiza ascendiendo por una escalera de caracol...) Y andamos por el mismo camino. ¿Leyéndote, me he preguntado si no conocerás la acacia? Si te sorprende la pregunta, no importa. El que no supieras a que me refiero no cambia nada.
Un fraternal abrazo.
Hannah
Hannah, és mui generosa con sus palabras.
Yo soy un nuevo bloguero. Yo tenía unos viellos textos y preparé otros especialmente para poner acá.
Es un incentivo enorme mirar que mi palabras están cruzando el Atlantico y ponendo personas inteligentes a pensar.
Acacia? No, no sé. Quien és?
La Acacia es un árbol, tomado cómo símbolo por algunas escuelas iniciáticas. Sólo eso. No tiene más importancia.
Yo también soy una nueva bloguera, con algunos textos prebios al Blog, y otros nuevos que van surgiendo, ya ves, hasta en eso nos parecemos.
Y también me emociona -cómo a ti- que mis ideas crucen el atlántico y pongan a pensar a personas tan o más seguro que más-, inteligentes que yo. :D
Un fraternal abrazo.
Hannah
Si, acá hay muchas acacias, pero son usadas para la industria zapatera (curtiembres).
No hay simbolos asociados.
"Duvide então de todo o falso sentimento e lembre de fugir enquanto é tempo"... Essas palavras fizeram-me voltar no passado. Você tem um talento admirável, sou sua fã.
É...
Abraços do *CC*
"...dizer a verdade é uma mentira!"
como?
Sílvio,
Não visitamos como gostaríamos de visitar nossos amigos. Sem banda larga é difícil, em muitos blogs nem conseguimos abrir (demora para carregar).
William&Odilene
- Soube?
- Do quê?
- A verdade é uma só, muitas vezes não a enxergamos ou não fazemos questão de enxergar...
- É!
- Disso deriva a espontaneidade da cordialidade...
- É!
Há muito que aqui não vinha. (Tinha desistido da blogosfera). Mas voltei e o que encontrei?
.... Adorei...
Beijos
Sílvio, meu Poeta, não há como melhorar o que já é perfeito, mas você é feiticeiro.
Este é um dos seus poemas que mais gosto e muitas vezes, volta para relê-lo.
Beijos e feliz dia dos namorados.
Sílvio,
Perdi a conta das vezes que li esse poema.
muito bonito...
a verdade, o que será a verdade,
abraços atlânticos
What a great site » »
uma verdade é uma verdade
-
uma mentira é uma mentira
-
bjs
ana
e qnd são mts mentiras...ainda é pior
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