05 janeiro 2006

último eco eco

João Figueiredo

Quando ela parava ava ava
No meio do nada ada ada
Olhava pra trás trás trás
E nem sua sombra ombra ombra
Lhe acompanhava ava ava
Um salto no silêncio êncio êncio
No abismo lhe chamava ava ava
Bastava um impulso ulso ulso
E tudo se acabava ava ava
Lá no fundo da noite oite oite
À beira do abismo ismo ismo
Como se fosse açoite oite oite
Seu coração palpitava ava ava
E no próximo passo asso asso
Um descompasso fugaz ugaz ugaz
Um raio de sol de sol sol
Encontrou seu olhar olhar olhar
Quis voltar atrás atrás atrás
Mas já não deteve a queda eda eda
Seu corpo rodava ava ava
De encontro à pedra edra edra
O último grito ito ito
Já não ecoava

16 comentários:

Saramar disse...

Silvio, boa noite
Tão belo, tão triste, esse passo final e arrependido.
Fantástico o "eco", porém lacerante, depois que se volta relendo e compreendendo-o.
Obrigada.
Beijos
P.S. Gostaria tanto de publicar um poema seu no meu blog. O que acha? Sentir-me-ia honradíssima. Obrigada

Pedro Nobre disse...

Caros amigos Bloguistas,

É com muita honra que venho anunciar a ida do nosso amigo Poeta Popular novamente à TVI...

Caso deseja saber mais apareça no Seu Blog de Literatura :: NA ESCURIDÃO DA NOITE (www.escuridaonoite.pt.to).

TODOS JUNTOS EM PROL DA LITERATURA

mixtu disse...

Adorei ler mais este teu poema... a poesia eterna...
saludos

lena disse...

gostei de o ler, interessante
e "já não ecoava ava"

beijinhos muitos

lena

Anônimo disse...

El lenguaje brasileño tiene música , sensualidad , instinto , es dulce melodía con esencias de brisas de mar y colores de corales .Saludos .

Pedro Nobre disse...

Adorei o teu poema e particularmente as terminações de cada verso dando a sensação de eco, ou seja, que onde o declamavas era um espaço aberto e ao mesmo dando a sensação de libertação... gostei

Pedro Nobre

BlueShell disse...

Oi...gostei do que vi e li! Voltarei!
BShell

Manu disse...

Je suis déjà venu sur vos blogs, mais mon Portugais ne me permet pas de commenter convenablement.
J’admire l’humour et la culture Brésilienne, j’espère que vous pourrez régler vos problèmes dans un proche avenir.
A@+

Saramar disse...

Silvio, bom dia
Perdoe-me por tê-lo deixado perdido em seu blog.
Já publiquei o poema "Denso" lá no meu bloguinho.
Agradeço-lhe de coração.
Agradeço-lhe também porque através do seu blog, encontrei Nel Meirelles, outro poeta maravilhoso e que fez um poema para mim, acredita?
Está lá no http://abrindojanelas.blogspot.com
Obrigada por tudo

Beijos

musalia disse...

muito bem construído, este teu poema. na forma, no conteúdo e na beleza estética.
...por isso tenho sempre receio de dar o tal 'salto', perco o pé e a voz...
beijos, Sílvio.

Débora Linden Hübner disse...

Oi Sílvio!
Primeiro, belo poema e lindo site. Ainda não pude ler muito, mas com certeza volto para vasculhar :)

Segundo, muito obrigada pela visita no Vida em Versos!
Espero que voltes e que te sintas em casa, para comentar :)

Estou linkando vc lá!
E agora mesmo vou dar uma espiada nos outros blogs.

Bj

Elena Méndez disse...

gracias, silvio. ya leí tu entrada (post). beso. elena

Elena Méndez disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Anônimo disse...

sigo o teu rastro astro astro

Poemas e Cotidiano disse...

Realmente fiquei fascinada por essa sua poesia.
Talvez porque eu me sinta assim atraida por saber o que uma pessoa sente quando se joga?? Eh preciso muita coragem, ou eh pura covardia?
Gostei do eco...gostei da historia...
Beijos
MARY

Anônimo disse...

Excellent, love it!
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